sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Governadores reajustam seus salários em até 100%


REAJUSTES NOS PRÓPRIOS SALÁRIOS



Apesar de terem começado seus mandatos prometendo austeridade e anunciando cortes de cargos, de secretarias e de despesas para ajustar as contas em 2015, 13 dos 27 governadores brasileiros terão reajuste nos próprios salários e nos dos seus secretários a partir deste mês. O primeiro escalão do Paraná é um dos que terá aumento.


                   BETO RICHA

GOVERNADOR DO PARANÁ 
Os reajustes foram aprovados pelas Assembleias Legislativas às vésperas do recesso parlamentar. Ou passarão a valer automaticamente porque leis estaduais garantiram que, quando houvesse reajustes do alto escalão e Brasília (aprovado em dezembro), haveria aumento nos estados. Esse é o caso do Paraná.
O governador Beto Richa (PSDB) teve seu salário automaticamente aumentado de R$ 29,4 mil para R$ 33,8 mil. Os secretários estaduais paranaenses passaram a ganhar R$ 23,6 mil cada um. Assim como em vários outros estados, o governador também vem adotando medidas de austeridade que incluem o aumento de impostos pagos pela população.
Do menor ao maior
Os valores do reajuste nos estados variaram bastante. Foram de 4,7% (caso do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo ) a até quase 100%, no Rio Grande do Norte, o maior reajuste. No estado nordestino, o salário do governador Robinson Faria (PSD) passou de R$ 11 mil para R$ 21,9 mil. O vice-governador, Fábio Dantas (PCdoB) teve o salário reajustado de R$ 9 mil para 17,5 mil. Os secretários passaram a receber R$ 14 mil por mês (anteriormente, o salário era de R$ 8 mil).
No começo do ano, Robinson Faria tomou posse prometendo reduzir o custo da máquina pública e rever os contratos vigentes. Ele não justificou seu aumento e o de sua equipe.
Os vencimentos de Alckmin, por sua vez, tiveram um reajuste bem mais modesto: foram de R$ 20,6 mil mensais para R$ 21,6 mil. Apesar disso, o aumento também contrasta com o pacote de austeridade anunciado no começo do ano, quando ele prometeu cortar 15% dos cargos comissionados, 10% do custeio e contingenciar 10% do orçamento.

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