Aedes aegypti volta a atacar
Cinco municípios da Comcam estão com alto risco de epidemia
Relatório da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão que mostra a
classificação de risco avaliada pelos índices de infestação apontada
pelo Levantamento Rápido de Índice de Infestação (LIRA), realizado neste
mês de janeiro, identificou que cinco municípios da Comcam apresentam
alto risco de infestação do mosquito, são eles: Iretama (30%); Roncador
(10,5%); Campo Mourão (6,7%); Farol (6,42%); e Mamborê (10,5%). Nestas
cidades, de acordo com os números, o risco para uma epidemia de dengue é
considerado alto.
Os cuidados devem ser redobrados no momento. Para se ter ideia, do
início do ano até agora, já são nove os casos confirmados da doença na
região. Rancho Alegre do Oeste é o município com maior número de
confirmações: cinco casos autóctones, quando o vírus é contraído no
próprio município. Goioerê aparece com um e Quarto Centenário (3),
também autóctones. Já as notificações foram 67 até o momento.
O Levantamento Rápido de Índice de Infestação (Lira) é uma
metodologia adotada pelo Ministério da Saúde (MS) com o objetivo de
mapear os locais com altos índices da presença do mosquito Aedes
aegypti, o vetor da dengue, alertando sobre os possíveis locais onde
podem ocorrer epidemia. Ainda segundo o levantamento, 12 cidades da
região apresentam médio risco de infestação: Araruna (3,6%); Campina da
Lagoa (1,6%); Corumbataí do Sul (1,93%); Engenheiro Beltrão (3,6%);
Fênix (2,45%); Goioerê (2,5%); Janiópolis (2,1%); Juranda (1,8%);
Peabiru (2%); Quinta do Sol (2,29%); Rancho Alegre do Oeste (2,94%) e
Ubiratã (2,8%).
O Lira também apontou sete municípios considerados de baixo risco:
Barbosa Ferraz (0,8%); Boa Esperança (0,66%); Luiziana (0,97%); Moreira
Sales (1%); Nova Cantu (0,66%); Quarto Centenário (0,76%) e
Terra Boa (0,6%). Apenas o município de Altamira do Paraná não tinha
fornecido até ontem, à Regional, o índice de infestação na cidade.
Segundo a enfermeira do setor de Vigilância Epidemiológica da 11ª
Regional de Saúde de Campo Mourão, Evandra Cristina Pereira, o
Ministério da Saúde tolera o índice de até 1% como baixo risco de
epidemia. Isso significa, segundo ela, que nas cidades onde os números
estão acima deste percentual, caracteriza para o risco de epidemia da
doença.
Evandra comentou que a orientação da Regional aos municípios é para
que os gestores reforcem, especialmente nesta época de calor e chuvas
constantes, clima propício à proliferação do mosquito transmissor da
dengue, ações para eliminação de criadouros e larvas. "Existe uma
preocupação muito grande com relação a dengue neste início de ano",
falou. Segundo ela, a Regional oferece o trabalho de campo aonde os
técnicos vão aos municípios fazer visitas e orientam os secretários de
Saúde.
A enfermeira pediu ainda à população que colabore no combate ao
mosquito. Segundo ela, a melhor forma de se evitar a dengue é combater
os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito
transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em
latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus
velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água,
tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros
Fonte: Tribuna do Interior
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